terça-feira, 27 de março de 2012

segunda-feira, 19 de março de 2012

O Pilates durante a gestação


Por Marília Zara Chiarelli

Educadora Física, Instrutora Certificada Internacionalmente pela STOTT PILATES

Foto: San Diego Pilates

A saúde é o bem maior de nossas vidas, e nas mulheres grávidas, ainda mais importante, pois é vida gerando uma nova vida.

Nos últimos anos, tem aumentado significativamente o número de grávidas praticantes de atividades físicas durante a gestação. Estas atividades, no entanto, devem sempre respeitar os limites de cada organismo e ser do total conhecimento e concordância do médico obstetra. Não há dúvidas de que este período provoca grandes transformações no corpo e no estado emocional da mulher.

O crescimento da barriga desloca o centro de gravidade da mulher, dificulta o equilíbrio, aumenta a lordose lombar, provoca a dor lombar, dores nas articulações e possível falta de ar. Existem algumas precauções que devem ser tomadas para que se tenha uma gestação tranquila e saudável.

Se fôssemos subdividir o período gestacional teríamos cuidados específicos para cada um deles:

• No primeiro trimestre, o hormônio relaxina é secretado no corpo, atingindo todas as juntas deixando-as mais relaxadas e suscetíveis à possíveis lesões ligamentares. Aqui deve-se evitar movimentos que demandem a amplitude completa de qualquer junta, no máximo a uma amplitude média de movimento durante os exercícios e aos alongamentos.
Observe o uso excessivo dos adutores para evitar uma dilatação exagerada da sínfise púbica.

• No segundo trimestre, a gestante não deve permanecer em decúbito dorsal ou em posição invertida, pois a pressão uterina pode comprimir vasos sanguíneos importantes resultando em uma diminuição do fluxo sanguíneo ao seu coração, e que pode acabar afetando também o fluxo sanguineo ao feto. A freqüência cardíaca não deve exceder a 140 batimentos por minuto, e para isso, é necessário um bom aquecimento e volta calma. Neste período, o peso adicional gera problemas com o equiílibrio em decorrência da modificação do centro de gravidade.

• No terceiro trimestre continue ajustando sempre as posições para um maior conforto da gestante.

O aumento do útero e da freqüência respiratória da gestante podem ocasionar uma dificuldade para respirar. Geralmente o repouso, deitada de lado ou até mesmo a realização dos exercícios em decúbito lateral aliviam a sensação de falta de ar.

Exercícios indicados:
•Ponte ou rolamento do quadril com a torácica, cervical e cabeça apoiadas na stability ball, evitando o redirecionamento do fluxo sanguíneo;
•Limitar as rotações da coluna;
•Realizar exercícios como o leg press, série de costas em decúbito lateral no reformer;
•Exercícios em 4 apoios, como o alongamento do gato ou até mesmo a flexão de braços com os joelhos apoiados no solo, fazem com que o peso da barriga já ative os músculos abdominais para manter a posição;
•Exercícios em pé com o tronco na posição inclinada darão a mesma sensação da ativação abdominal citado no exercício acima;
•No mat, em decúbito dorsal, realizar movimentos coordenados de braços e pernas com a toning ball nas mãos. Dessa forma, conseguimos gerar uma ativação abdominal sem sobrecarregar a coluna (Exercício indicado caso não haja desconforto na posição dorsal).

quarta-feira, 14 de março de 2012

O Pilates na Atualidade: Do Praticante ao Profissional


O Pilates na Atualidade: Do Praticante ao Profissional
Por Eduardo Freitas da Rosa e Solaine Perini


Foto: Movimento Pilates e Personal

O método Pilates, criado pelo alemão Joseph Pilates (1880-1967) combina arte e ciência. O intuito da prática é promover o desenvolvimento equilibrado entre mente e corpo.

Joseph Pilates foi um autodidata e, conseguiu desenvolver uma metodologia capaz de fornecer o equilíbrio entre força e flexibilidade (Panelli; Marco) e tem gerado interesse por pessoas de todas as idades e regiões do Brasil.

O método Pilates possui princípios básicos, que são: respiração, concentração, fluidez, controle, precisão e centralização. Os movimentos partem do centro de força “powerhouse” e possuem progressões de movimento, iniciando a atividade em níveis de menor grau de dificuldade e através da utilização de elementos moduladores progredindo para níveis mais avançados.

Atualmente o método Pilates possui vertentes distintas no Brasil. Existem divergências em relações as nomenclaturas, são distribuídas em: Metodologia tradicional (Original/Clássica) e a vertente moderna ou contemporânea.

O “Pilates Contemporâneo” foi criado por uma segunda geração de instrutores de Pilates. Romana Kryzanowska treinou adeptos em Pilates clássico e, com o passar dos anos alguns de seus alunos acabaram desenvolvendo uma adaptação “contemporânea” para o método.

Joseph Pilates deixou registrado o seu pensamento de que: O método Pilates estava 50 anos à frente do seu tempo.



Fonte: AB Pilates

quarta-feira, 7 de março de 2012

Benefícios da meditação para à saúde





No Brasil, monge budista defende a meditação no tratamento de doenças.
Médicos procuram entender os benefícios através de pesquisas.

Nesta semana, o respeitado Hospital das Clínicas de São Paulo – uma das maiores instituições de saúde do país, referência em pesquisa médica – abriu suas portas para uma visita inusitada e inédita: um monge budista, Bhante Yogavacara Rahula. A convite do ortopedista Rafael Ortiz, professor do Faculdade de Medicina da USP, o americano fez uma palestra a médicos e demais interessados nos benefícios da meditação à saúde, especialmente em casos de depressão, pressão alta, câncer e doenças psicossomáticas. Ex-combatente da Guerra do Vietnã, monge Bhante descobriu na Ásia, após desligar-se das Forças Armadas americanas, o budismo, que o levou a renunciar à vida laica e ordenar-se monge, em 1975. Ali, começaria a aprender as lições que quer ensinar aos médicos.

"Acredito que a meditação é mais uma forma de prevenção do que de cura", diz Bhante. Da meditação, prática essencial da filosofia budista, tirou o que prega serem as lições efetivas de cuidados com a saúde e prevenção de doenças. Surpreso, constata que é o Ocidente, reino da razão e da ciência, o território em que mais cresce o interesse pela meditação aplicada à saúde. "Nessa porção do mundo, as pessoas têm o costume de tratar seus problemas a partir dos sintomas. É como olhar de fora para dentro", diz. "Ao contrário disso, deveríamos nos esforçar para sintonizar mente e corpo, para perceber os sinais que o organismo nos envia. Isso se faz por meio da meditação."

A prática é especialmente indicada para combater os problemas recorrentes da vida nas grandes cidades. O monge gosta de contar, por exemplo, a história, quase transformada em parábola, de um grande executivo tratado por ele que sofria de terríveis enxaquecas. Depois de recorrer, sem sucesso, a diversos tratamentos da tradicional medicina ocidental, enfim curvou-se à meditação. O executivo livrou-se da dor de cabeça, garante o monge. "Aquele executivo conseguiu restabelecer a conexão entre mente e corpo e entender os sinais que vinham de seu organismo: stress e ansiedade eram os seus inimigos. Faltava-lhe viver o presente, desgarrando da angústia do controle do passado e do futuro", diz Bhante. "A meditação não vai tratar todos os problemas físicos, mas é importante entender que existem muitos problemas que se originam na mente." É o que a ciência ocidental chamaria de efeito psicossomático.

Não é preciso acreditar em tudo o que o religioso diz. Mas é importante saber que ele não prega no deserto. A palestra realizada no teatro do HC de São Paulo estava lotada de médicos de diversas especialidades. A audiência se explica. A prática da meditação vem se tornando mais e mais reconhecida como recurso terapêutico auxiliar a uma série de tratamentos convencionais. A ciência revela por quê. "Os exames de ressonância magnética e tomografias identificam as mudanças de padrão de funcionamento em áreas cerebrais quando se pratica a meditação", diz Ortiz, o ortopedista. Regiões relacionadas à felicidade passam a ser ativadas, enquanto aquelas ligadas à fuga e à luta – reações ao stress – deixam de serem ativadas. "Isso tem reflexo direto na maneira como o organismo mantém seu equilíbrio interno."

Marcelo Saad, fisiatra e acupunturista do Hospital Israelita Albert Einstein, explica que as doses extras de hormônios liberadas em situações de stress são extremamente desgastantes ao organismo: aumentam a frequência cardíaca e desequilibram os níveis de glicose e do sistema imunológico. "Quando a rotina diária, o trânsito ou mesmo o chefe passam a ser vistos como elementos desagradáveis em nossas vidas, há um desgaste precoce do organismo", diz Saad. "A meditação possibilita um restabelecimento do equilíbrio da atividade cerebral e, consequentemente, do organismo."

O próprio hospital Albert Einstein realiza pesquisas para aprofundar o conhecimento na área. E a meditação já é prática oferecida a pacientes do setor de oncologia. Os resultados são positivos, segundo o cirurgião Paulo de Tarso Lima, responsável pela Área de Medicina Integrativa do Centro de Oncologia e Hematologia do Einstein. Na visão dele, com a prática, os pacientes desenvolvem a capacidade de lidar com a dura tarefa de combater a doença e ao mesmo tempo dar continuidade à rotina. "É como se o paciente se religasse ao seu presente, o que inclui seu trabalho, sua família e tudo que continua à sua volta, a despeito da doença", diz Tarso Lima.

Os esforços científicos para determinar os benefícios da meditação à saúde estão centrados em cinco áreas: distúrbios do sono, dor, pressão sanguínea, câncer e aids. Nos pacientes com aids, por exemplo, pesquisas realizadas pela Universidade da Califórnia e pela Universidade de Emory mostram que uma redução na tensão emocional corresponde ao fortalecimento do sistema imunológico. Isso é o suficiente para que os linfócitos CD-4 (células de defesa atacadas pelo vírus HIV) não sucumbam a infecções típicas da doença.

Desde 2006, o Ministério da Saúde oferece pelo Sistema Único de Saúde (SUS) sessões de meditação na rede pública nacional pela Política de Práticas Integrativas e Complementares. Só em 2010, foram 580.000 sessões. É provável que um bom número de pessoas atendidas no serviço, além de outras tantas que o fazem no âmbito privado, procurem atingir o estado emocional que o monge promete por meio da meditação. "Uma existência simples, com pensamentos positivos." Se a prática oriental ajudar nesse processo, terá feito muito pela saúde


Benefícios da meditação para à saúde | Academia Fique por Dentro - Academia Wall Street, academia, Ginástica, Musculação, Artes Marciais, Belo horizonte, BH

http://www.wallstreetfitness.com.br/fique_por_dentro/artigo/3891

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segunda-feira, 5 de março de 2012

Musculação para mulheres





Ao iniciarem o treinamento na musculação, a maioria das alunas tem o receio de ficar musculosa, ou seja, ter o corpo parecido com o dos homens. A expressão mais usada pelas mulheres é “eu não quero ficar grande”. Para isso ocorrer, a mulher deve ter necessariamente uma predisposição genética à hipertrofia, o que é pouco comum.

O receio se torna infundado devido a algumas características:

- as mulheres possuem um número menor de fibras musculares que os homens;
- as fibras musculares são menores;
- a produção de testosterona é de 10 a 20 vezes menor.

Os itens acima são diferenças importantes entre homens e mulheres, e essas especificidades do sexo feminino dificultam o trabalho de hipertrofia. Portanto, sem o uso de anabolizantes será muito difícil a mulher ficar com o corpo masculinizado.

Por outro lado, os exercícios na musculação, se realizados com a técnica correta e com um programa de treinamento adequado, trarão os seguintes benefícios:

- melhor modelagem óssea, o que previne a osteoporose;
- aumento de força para realizar atividades cotidianas e para os esportes;
- aumento da massa muscular e diminuição de gordura corporal;
- aumento da autoestima;
- músculos mais fortes reduzem o risco de lesões musculares e articulares.

Normalmente, as mulheres não gostam de exercícios para membros superiores (peitoral, dorsal, bíceps e tríceps) e alegam que são exercícios para homens. No entanto, desenvolver a musculatura dos membros superiores é importantíssimo, pois é comum encontrarmos problemas posturais. Exemplo: a hipercifose (aumento da curvatura da região dorsal), isto é, a pessoa com uma aparência corcunda. Com um trabalho de fortalecimento dos músculos dorsais, assim como alongamento do peitoral, isto pode ser corrigido ou atenuado. Então, se você não gosta de determinados exercícios, converse com seu professor e tentem entrar num consenso, mas não deixe de trabalhar a musculatura dos membros superiores.

É evidente que existem alterações corporais a partir da prática da musculação e da mudança nos hábitos alimentares, mas para que você atinja seus objetivos é fundamental a figura do profissional de Educação Física na elaboração do programa de treinamento.

MATÉRIA ORIGINAL

PILATES PARA GRÁVIDAS

PILATES PARA GRÁVIDAS

MEDICINA - COLUNA DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA
DRA. JULIANA LIMA DE ARAUJO




As mudanças que ocorrem na gestação não são apenas hormonais e emocionais, são também posturais. À medida que avança, as alterações em músculos, articulações e coluna vertebral também progridem.

O método Pilates é um programa de exercícios que pode trazer conforto à gravidez e ao parto, com foco na estabilidade da musculatura postural e do assoalho pélvico e no fortalecimento e alongamento suave dos músculos. Melhora a concentração, a força postural, o equilíbrio, a coordenação e a qualidade dos movimentos, sem sobrecarregar as articulações. Consequentemente auxiliará a prevenir as dores lombares, ombros caídos e tensão no pescoço. Os trabalhos científicos sobre Pilates na gestação são, na sua maioria, realizados pela área da Fisioterapia; sendo raros os estudos pela Obstetrícia.

Além do estrogênio e da progesterona, outro hormônio, chamado relaxina também se eleva. A relaxina proporciona maior mobilidade aos ligamentos, permitindo a estabilidade das articulações. As articulações que conectam os ossos da pelve tornam-se mais frouxas e alongadas, preparando-se para o parto. Contudo, a estabilidade articular é reduzida. O método Pilates incentiva o controle muscular postural, que compensa os ligamentos enfraquecidos, ajudando a evitar os problemas comuns nas articulações e a tensão lombar. As técnicas de respiração trabalhadas no Pilates também ajudam a relaxar e respirar com mais eficiência, induzindo a calma e reduzindo de forma eficaz os níveis do cortisol, que é o hormônio do estresse.

A freqüência cardíaca da grávida não é elevada pelos exercícios específicos de Pilates, direcionados para gestantes. Os movimentos do método Pilates ajudam a melhorar a circulação, principalmente nos membros inferiores e reduzem a tensão na parte superior das "costas" e nos ombros, ocasionados pelo aumento das mamas. No método Pilates, o equilíbrio do tronco é fornecido pelos músculos abdominais, principalmente o transverso do abdômen, o qual emerge da pelve e se infiltra na caixa torácica e no diafragma, envolvendo o tórax como uma cinta larga. Um músculo transverso fortalecido evitará que a pelve se desloque muito para frente, causando desconforto na região lombar inferior durante os estágios finais da gravidez. Este também é o principal músculo usado durante o trabalho de parto normal.

Outro grupo de músculos importantes durante a gestação, que é trabalhado pelo método Pilates, são os do assoalho pélvico. Esses agem como uma espécie de rede, passando do osso púbico na frente da pelve para o cóccix nas costas e saindo em cada lado do ísquio (ossos de sentar). A uretra, a vagina e o ânus separam esta faixa de músculo semelhante a uma rede. Ao redor da uretra, da vagina e do ânus, existe um músculo em forma de "8" chamado pubococcígeo. Fortalecer este músculo é fundamental para prevenir possíveis problemas nos intestinos e bexiga.

Benefícios de um assoalho pélvico fortalecido:

. Melhora a capacidade de estirar e relaxar com mais facilidade durante o parto;
. Melhora a circulação para a região pélvica;
. Promove a rápida recuperação e cicatrização, auxiliando na reconquista de boa qualidade muscular após o parto;
. Previne a incontinência urinária por esforço;
. Apóia os órgãos da pelve;
. Previne o mau alinhamento das articulações do quadril e sacroilíacas (que formam uma interligação entre a parte posterior da pelve e os ossos do quadril);
. Promove a estabilidade da musculatura postural.

Os exercícios são adaptados conforme cada fase da gestação, inicial, intermediária e final, além do pós-parto imediato e seis semanas após.

Antes de iniciar ou continuar os exercícios do método Pilates, um obstetra deve ser consultado, com a finalidade de identificar algumas contra-indicações a exercícios físicos, como sangramento via vaginal, placenta baixa, gestação múltipla, trabalho de parto prematuro, hematoma retro-placentário, ameaça de aborto, hipertensão, diabetes, cardiopatias e outra doença de base.

A consciência postural apresenta benefícios para toda a vida, não somente na gestação. Ficar de pé, sentar-se, caminhar, levantar-se depois de estar sentada, sentar-se ereta depois de estar deitada, aprender a levantar-se corretamente é alguns dos benefícios para o corpo proporcionado pelo método Pilates.

Mulheres que nunca praticaram o Pilates não devem iniciá-lo na gestação; àquelas que já praticavam previamente devem iniciá-lo novamente após o terceiro mês de gravidez.

Uma alerta importante é escolher um profissional com formação específica em Pilates e experiência com gestantes. Outro cuidado é evitar a prática com muitas pessoas ao mesmo tempo. Um profissional deve orientar preferencialmente a gestante individualmente, evitando o risco de lesões.

Uma opinião sobre o método Pilates só é possível depois de praticá-lo. Estou praticando este método há algum tempo com uma profissional especializada e já percebo importantes mudanças no corpo.


*** Neste texto foram utilizadas algumas citações do livro:
"Pilates Para Grávidas", de Endacott, J.

http://www.abpilates.com.br/site/metodos.asp?id=5

Dra. Juliana Lima de Araújo ( Hotsite )
Ginecologia - Estética Genital Feminina
Cremers 21929

O Método Pilates como uma abordagem Psicossomática (Parte I)





O Método Pilates como uma abordagem Psicossomática (Parte I)

Ainda hoje, há dificuldades na compreensão do ser humano como um todo integral. Em circunstâncias comuns, dificilmente prestamos atenção às nossas sensações corporais como uma unidade corpo e mente, contudo, muitas vezes, a percepção dos nossos estados corporais só ocorre nas situações em que uma dor extrema ou um intenso prazer nos estimula.

Pensando nisso, torna-se interessante observarmos certos padrões de tensão ou de traumas da vida que emergem organicamente. Perceber de que forma nossos recursos internos nos ajudam a lidar com acontecimentos diversos, como o desapontamento, a frustração e o enfrentamento. Enfim, dar-nos conta de que as ações do corpo-mente estão intimamente ligadas à nossa qualidade de vida.

Por isso, no cotidiano ou nas condutas sociais, seria importante encontrar uma linguagem que permita transmitir o modo, a profundidade e a intensidade com que certas reações corporais são vividas. Ou seja, compreender que o corpo também pode ser um meio eficiente de comunicação para interpretar nosso conteúdo, despertar nossos sentidos, aguçar nossas percepções, nossas estruturas psicológicas, sociológicas e históricas.

Em vista disso, a proposta deste artigo é convidar-nos a uma postura reflexiva sobre os significados dos caminhos para o condicionamento do corpo, sinalizando o Método Pilates como um processo dialógico com a Abordagem Psicossomática.

Para atingir esse objeto, as considerações deste estudo se deram mediante referências de livros, artigos de periódicos e também, pesquisa na base de dados LILACS, MEDLINE e SCIELO.

Pilates é um método de condicionamento físico, que integra o corpo e a mente, amplia a capacidade dos movimentos, aumenta o controle, a força, o equilíbrio muscular e a consciência corporal. Solicita o corpo na sua totalidade. Corrige a postura, realinha a musculatura e desenvolve a estabilidade corporal para uma vida mais saudável e longa (CAMARÃO, 2004; KOLYNIAK, CAVALCANTI e AOKI, 2004).

Panelli e Marco citam que os exercícios de Pilates foram desenvolvidos para serem executados e dominados a ponto de se tornarem uma reação do subconsciente, buscando desenvolver o corpo da melhor forma possível, acompanhado de um vigor físico e mental renovado (2006).

O criador desse método, Joseph Humbertus Pilates, nasceu na Alemanha em 1880 e viveu uma infância fragilizada por algumas doenças como asma, raquitismo, bronquite e febre reumática. Por isso, se dedicou à melhora da condição física praticando ginástica, mergulho, esqui e boxe. Pilates era um autodidata, conhecedor de fisiologia, anatomia e da medicina tradicional chinesa, além disso, teve influência de diversos saberes, desde os princípios de yoga e artes marciais até ao estudo do movimento dos animais (ROBINSON e NAPPER, 2002; BOLSANELLO, 2008).

Em 1914, durante a Primeira Guerra Mundial, Pilates vivia na Inglaterra e ganhava a vida como lutador de boxe, foi então considerado inimigo estrangeiro e preso em um campo de concentração. Lá, ele atuou como enfermeiro, auxiliou na recuperação dos feridos e também treinou outros internos com os exercícios que criou. Pilates “utilizava as molas das camas hospitalares para iniciar a tonificação dos músculos dos pacientes, mesmo antes de poderem se levantar, criando então, os aparelhos que são utilizados até hoje” (PANELLI e MARCO, 2006, p.22).

A técnica desenvolvida por Pilates, só foi reconhecida em 1918, data em que ocorreu uma epidemia do vírus Influenza e que assolou a Europa, morrendo muitos ingleses, porém, nenhum dos internos treinados por Joseph foi infectado.

Foi em 1926 que Joseph Pilates mudou-se para Nova York onde fundou seu primeiro estúdio e denominou seu método de Contrologia. Imediatamente, atraiu a atenção do público da dança, posto que, os bailarinos desejavam melhorar o desempenho, se recuperar de lesões nas articulações, bem como preveni-las (URLA, 2005).

Em 1967, aos 87 anos, Joseph Humbertus Pilates morreu, mas deixou-nos o seu legado, conforme cita Camarão: “A teoria e a prática do Método Pilates ficou bem explicada [...] em seu livro Return to life Through Contrology, no qual definia a sua técnica como a completa integração entre corpo, mente e espírito” (2004, p.2). Pilates não teve o reconhecimento científico que esperava, pois “estava a pelo menos cinqüenta anos à frente de sua época” (PANELLI e MARCO 2006, p.24).

Segundo Panelli e Marco (2006), Pilates afirma que nem a mente, nem o corpo podem ser considerados com supremacia, ou seja, um não deve ser sacrificado à existência do outro, sendo imprescindível estabelecer um equilíbrio, em busca da melhor coordenação possível, visando sempre o bem-estar geral.

Nesse sentido, Pilates (2000) apud Kolyniak, Cavalcanti e Aoki (2004), define Contrologia como “o controle consciente de todos os movimentos musculares do corpo”. E, baseado nessa consciência corporal, Joseph Pilates estabeleceu a centralização, a concentração, o controle, a precisão, a respiração e a fluidez, como os Princípios Básicos de Controle do Corpo.

Enviado pela leitora Luciani Lima a Revista Pilates


extraido de: http://korperpilates.wordpress.com/2011/05/02/o-metodo-pilates-como-uma-abordagem-psicossomatica-parte-i

sábado, 3 de março de 2012

Pilates: Técnica ou Filosofia de Vida


Pilates: Técnica ou Filosofia de Vida
February 24th, 2012 by Revista Pilates. Por Ana Paula Oliveira




Praticante há oito meses do pilates, a psicóloga Helga Torquato, 32 anos, conhece bem os efeitos positivos deste tipo de exercícios. “O resultado é imenso. O pilates me fortaleceu em todos os sentidos”, comemorou, que procurou a atividade para condicionamento físico.

A psicóloga relata que durante muito tempo praticou basquete, dançou balé e até freqüentou academia, mas acabou faltando paciência nesta última. “

Depois da maternidade fiquei no sedentarismo por cerca de 10 anos, e encontrei no pilates a possibilidade de um melhor condicionamento físico, uma respiração mais adequada, postura e acima de tudo concentração”, disse. “Hoje, não sei mais viver sem as aulas.”

E a prática do pilates não se restringe apenas a um bom condicionamento físico. Serve para tratar pacientes com problemas de coluna, joelho, hérnia de disco, entre outros.

É o caso do advogado Ranice Ribeiro da Silva, 64 anos. Por recomendação médica, ele pratica pilates três vezes por semana e já consegue perceber os resultados. “Eu tenho muita crise de coluna. Apesar do pouco tempo fazendo as aulas, já estou sentindo os avanços”, afirmou.

Divididos em dois ambientes, o Matt Pilates e o Pilates com Aparelhos, os usuários ou pacientes têm a oportunidade de exercitar o corpo com controle, concentração e equilíbrio.

No espaço Matt Pilates, os usuários trabalham os exercícios com o uso de bolas, rolos, caneleiras, halteres e círculo. Já no ambiente com aparelhos, muitas são as opções, como o trapézio (espécie de cama adaptada para os exercícios), cadeira (baseada numa cadeira de rodas, só que com pedais), reforme (carrinho), barril e o wall.

A fisioterapeuta Lycia Dias explica que o método começou ser desenvolvido durante a 1ª Guerra Mundial, quando o alemão Joseph Humbertus Pilates (precursor da técnica), atuou como enfermeiro, aprofundando os conhecimentos e ajudando na recuperação dos feridos de guerra.

“Ele usava as molas das camas hospitalares para iniciar a tonificação dos músculos dos pacientes, mesmo antes de eles poderem se levantar, criando os aparelhos que são utilizados até hoje”, comenta.

O interessado na prática de Pilates desembolsa em média R$ 300 por mês, para uma carga horária de quatro aulas semanais. Lycia justifica o preço informando que uma turma comporta no máximo três alunos. “Como são poucos alunos ou pacientes, eles possuem uma atenção especial”.

Benefícios

Estimula a circulação, melhora o condicionamento físico geral, a flexibilidade, a amplitude muscular e o alinhamento postural adequado. Além disso, promove melhoras nos níveis de consciência corporal e melhora a coordenação motora.

Esses benefícios ajudam a prevenir e reduzir riscos de uma futura lesão, proporcionando inclusive alívio de dores crônicas. Ou seja, o método pilates é particularmente utilizado para reabilitação de problemas na coluna.

Ele fortalece, alonga e equilibra toda a musculatura que envolve a coluna vertebral, alinhando e descomprimindo tensões na mesma. Ajuda assim a aliviar pinçamentos e compressões de discos. Esta descompressão facilita e estimula a circulação na região com problemas.

O método tem sido utilizado com sucesso em reabilitação de complicações de joelhos, ombros, panturrilhas, em casos de acidentes automobilísticos, poliomielites, apoplexia, pós-cirurgias, pré e pós-parto, dentre outros.

Curiosidade

Segundo Joseph Pilates, após as 10 primeiras aulas, o praticante sente que o corpo mudou; após 20 aulas, que as mudanças são visíveis; após 30, as demais pessoas começam a notar as mudanças.



Fonte: No minuto

http://www.revistapilates.com.br/2012/02/24/pilates-tecnica-ou-filosofia-de-vida-2/

Problemas de enxaqueca? Estudo indica que exercícios físicos podem ajudar, e o Pilates é uma ótima opção

Problemas de enxaqueca? Estudo indica que exercícios físicos podem ajudar, e o Pilates é uma ótima opção!

Por Rafaela Porto
Instrutora Certificada STOTT PILATES
Coordenadora Técnica da Pilates StudioFit
Por Thiago Zaparoli Borghesi (Instrutor de Pilates e cursando Fisioterapia)




“Atividade física como medida profilática para enxaqueca: Um estudo randomizado usando também técnicas de relaxamento e tratamento medicamentoso como controle. (Headache, Abril 2009)”


O objetivo desse estudo foi desenvolver e analisar um programa de exercícios para melhorar o consumo máximo de oxigênio (VO² Max) em pacientes sem condicionamento físico com enxaquecas, sem piorá-las durante a atividade.

Esse estudo ocorreu na Suécia com 26 pacientes que foram clinicamente diagnosticados com enxaqueca. Foi utilizado um programa de exercícios realizado 3 vezes por semana durante 12 semanas, (com 15 minutos de aquecimento, 20 de exercício moderado e 5 de resfriamento do corpo). Foram analisados VO² Max, estado da enxaqueca, efeitos colaterais e qualidade de vida.

Como resultados tiveram: VO² Max aumentado de 32.9 para 36.2 mL/Kg/minuto, aumento da qualidade de vida, foi observado também melhora significativa no estado da enxaqueca e ao longo das 12 semanas de exercícios, apenas em numa situação um paciente teve uma crise de enxaqueca imediatamente após o treino. Nenhum outro efeito colateral foi reportado.

Concluíram que o avaliado programa de exercício físico foi bem aceito pelos pacientes e que tiveram melhora sem agravar os sintomas da enxaqueca.

Considerações finais:

Com certeza as sessões de Pilates são totalmente indicadas para esse tipo de cliente uma vez que comprovado cientificamente que o exercício físico pode sim amenizar sintomas de enxaquecas. O Pilates não tem contra-indicações. No entanto, durante a execução do exercício, consideramos várias limitações, como, por exemplo, caso o cliente esteja com alguma dor, problema de coluna e até mesmo no caso de gravidez. Em todas essas situações, adaptamos a aula para que os objetivos do aluno sejam atingidos.

Acompanhe abaixo os principais benefícios do método:

• Músculos mais tonificados e alongados;

• Ganho de força e estabilização do centro;

• Previne lesões, alivia tensões e dores;

• Melhora a postura e consciência corporal;

• Coordenaçnao motora, equilíbrio e condicionamento físico.


http://www.revistapilates.com.br/2012/02/23/problemas-de-enxaqueca-estudo-indica-que-exercicios-fisicos-podem-ajudar-e-o-pilates-e-uma-otima-opcao/